quarta-feira, 18 de maio de 2011

Reflexões sobre o texto : The Evolution of International Society, de Robert H. Jackson

 
A sociedade internacional pode ser compreendida como uma resposta institucional pra acomodar uma realidade de coexistência entre diversas comunidades políticas.

Existem definições históricas que dizem que a sociedade internacional global contemporânea é o exemplo mais destacado de sociedades internacionais.

Pode-se conceituar sociedade política por quatro pontos:
1 – possuir uma população permanente
2 – ocupar um território definido
3 – possuir uma unidade governamental central
4 – ter governo independente

Dessa forma, o ponto principal no estudo das relações internacionais é a existência de estados ou comunidades políticas independentes, com um governo e soberania sobre uma superfície de terra e um segmento particular de população humana.

Alguns autores colocam que o diplomata da Grécia antiga, não era o mesmo diplomata da Renascença Italiana, que por sua vez difere do diplomata do século XVIII ou do século XX.

Os gregos antigos possuíam uma sociedade internacional, capaz de sobreviver por muitos séculos em um ambiente político circunvizinho de vários impérios hegemônicos, tais como Pérsia, Macedônia e o império Romano, baseado na soberania do estado com leis de guerra, reciprocidade e outros arranjos internacionais.

Já a sociedade internacional Italiana da Renascença se baseava no estado e nas identidades dos rivalismos urbanos entre os italianos, onde as pequenas sociedades acabaram sendo oprimidas por seus vizinhos mais poderosos.

A sociedade internacional da Paz de Westfália foi baseada em três princípios básicos:

1 – Rex ext imperator in regno suo (cada rei é o soberano em seu reino)
2 – Cujus régio, ejus religio (é a regra que determinava a religião em cada reino).
3 – Contrapeso da potência (dispositivo para impedir a dominação de outros estados por uma potência).

Graças as suas rivalidades e guerras, os estados europeus desenvolveram tecnologia militar e estrutura organizacional para projetar sua potência em escala global. Dessa forma a lei internacional européia, a diplomacia, e o contrapeso da potência, foram aplicados no mundo inteiro.

Com o fim das colônias, da Guerra Fria e a conseqüente desintegração da União Soviética e os paises do chamado bloco da Cortina de Ferro, temos hoje uma estrutura social global de normas compartilhadas e valores baseados no estado soberano, gerando debates sobre o futuro da soberania do estado e, por conseguinte, sobre o futuro da sociedade global contemporânea.

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