quinta-feira, 1 de setembro de 2011

INCLUSÃO SOCIAL – ATO DE CIDADANIA


Resenha do livro:  Deficiência e Inclusão Social – Construindo uma Nova Comunidade.

A Declaração de Salamanca, assinada em junho de 1994 pelo delegados da Conferência Mundial de Educação Especial, conclama governos e instituições de ensino ao redor do mundo a adotarem programas educacionais que visem proporcionar, para portadores de deficiência física, condições de acesso à educação.

Percebe-se a tendência mundial para a inclusão do deficiente físico na sociedade, de forma que, dentro de suas limitações, possa ter suas necessidades básicas satisfeitas e conseqüentemente aumento de sua qualidade de vida.
Conforme afirma o professor Rinaldo Correr “a comunidade precisa compreender que, quando um de seus membros nasce com deficiências todos os demais membros devem assumir juntos o compromisso de construir um ambiente inclusivo” (2003:19).

Partindo deste pressuposto, a obra, Deficiência e Inclusão Social - construindo uma nova comunidade, procura demonstrar como o próprio nome sugere que é possível, com a participação ativa da sociedade, construir um mundo mais inclusivo.

O texto dividi-se em duas partes, sendo que em sua primeira parte são apresentados elementos considerados necessários para se construir o que o título anuncia: uma comunidade inclusiva, abrindo a discussão da necessidade de se acolher e fornecer suportes para os portadores de deficiência, tanto na sociedade como na família, conforme as próprias palavras do autor: “o desafio de garantir o direito à participação de todas as pessoas na sociedade é integrado ao desafio de o fazer com garantia também de qualidade de vida” (2003:33).

Assim, são enumeradas condições que segundo estudos são desejáveis estabelecer ou criar para que as pessoas portadoras de deficiência possam obter certo nível de autonomia, gerindo suas próprias vidas.

A segunda parte da obra, aborda um processo de inclusão social de uma pessoa com deficiência mental, com a participação de membros da comunidade e do círculo familiar próximo. São descritos os passos e a metodologia utilizada nos trabalhos, bem como as formas utilizadas para incentivar o envolvimento dos voluntários na criação e desenvolvimento dos suportes, é detalhado também os avanços e sentimentos despertados nos participantes.
Apesar de focar o assunto quase que exclusivamente em um deficiente mental, por todo o texto é demonstrada a importância de incluir o deficiente na vida em sociedade, de forma que suas diferenças ao contrário de servirem como empecilho, possam ser assimiladas e vir a servir como fator de desenvolvimento para o grupo.

Fica, portanto, a mensagem perceptível que o autor busca mostrar para seus leitores, a de que é possível se envolver no processo de construção de uma comunidade verdadeiramente acolhedora que propicie realmente oportunidades iguais para todos os seus membros, respeitando suas diferenças.
Referências Bibliográficas:
CORRER, Rinaldo. Deficiência e Inclusão Social. São Paulo, EDUSC, 2003.